domingo, 26 de outubro de 2014

Domingo à noite

Passaram precisamente 4meses desde a última vez que escrevi, uma estação do ano completa, uma imensidão de sentimentos e acontecimentos que preciso registar. Que quero guardar. Para já a única coisa que consigo fazer é acabar o meu livro e pintar as unhas. O meu outro prazer da escrita vai ser assim reativado, volto em breve! 

quinta-feira, 26 de junho de 2014

As últimas

Então a semana passada foi tão curtinha com o feriado de 5ª (Fête de Dieu) e a ponte de 6ª na clínica. Pois que nos primeiros dias desta semana custou muito recomeçar o ritmo. Agora entre as 8h às terças feiras, meia hora mais cedo. E hoje ainda fui abrir as 6:30h para substituir uma colega que está de férias. Foram quase 12 horas, o dia em que trabalhei mais de todo o sempre. Mas não tenho medo, não custou muito e só penso que se um dia tiver o meu próprio negócio será sempre assim. Mais coisas. O mano volta em breve para Zurich, conseguiu o cargo de freelancer. E é um emprego de sonho entre Porto e Zurich todos os meses. Estou feliz que tenha dado tudo certo e com a possibilidade de umas visitinhas mútuas mais frequentes agora que só nos separam 3h de route!
Ontem fui ao Consulado Português pela primeira vez. Estou inscrita, já conto para as estatísticas. Sou o número trinta e tal mil só neste cantão/distrito, ai que estamos aqui bem representados na Confederação Helvética. Fiz o meu cartão de cidadão e espero que chegue a tempo das minhas férias tão desejadas já daqui a 4semanas e meia. O meu pai anda estável, não está a 100% mas está bem (uns dias melhores e outros menos bons), temos fé. Já deixámos mais um médecin de lado. Não desistimos. Já foi a outro e agora vai a outro na próxima segunda-feira. Vamos aonde for preciso até sentirmos que estão a fazer tudo por tudo para o seu humor ficar sem dói-dóis. Tantos meses e meses de medicação psiquiátrica podem bem ser a causa dos seus picos emocionais. O 2ºnovo médico parece ser mais naturista no que toca à toma indiscriminada de psicofármacos. A ver vamos, temos boas indicações a esse respeito. A titi zézé também esta felizmente a fazer o mesmo com o seu bicho mau (aca cancro estúpido). Não podemos ser resignados. Devemos sempre ir à procura do nosso bem-estar, assim como do bem-estar dos nossos - eu "cuidadora mor" me assumo. E para acabar o separador doencinhas em beleza, faz hoje 10dias que o meu amor e eu nos libertamos do fantasma de um diagnóstico apressado para o seu estômago frágil. Está tudo bem, ele só precisa de fazer endoscopias de controlo com biópsia regularmente, 1 vez por ano, por aí. Até lá ir tendo cuidado com o que come, evitando o que sabemos que lhe faz mal.
E mudando de assunto, que pena que foi o nosso Portugal no campeonato do mundial. E ah e tal voltei à carga das belezuras com os meus cremes de efeito térmico para as meninas coxas e o menino bumbum. Por falar em meninos, estou cheia de saudades dos meus priminhos, mal posso esperar para passarmos dias juntos a fazer tudo o que prevejo e nada de nada - o que planejo também. Ahh o pedido de casamento que não vem. Bem que quando chegar tenho que por os pontos nos is e mandar eu na escolha do dia. É que nem há negociação possível, se agora só me resta esperar, depois serei eu e opinar. Muahahahah...

Que dia cansativo, estou com uma energia anormal! :)

domingo, 15 de junho de 2014

Ainda Novembro 2012?! Não interessa, estava em rascunho!

Qual tempo, qual vontade, qual quê?! Eu sou assim, só quando me apetece e nunca por obrigação! :)

Fiquei em Novembro não foi? Ora vamos lá...Se foi fácil? Não, com o meu pai ainda em modo OFF na sua depressão para nós injustificada a tirar-nos a paciência. Falar todos os dias no Skypee passar os dias preocupada. Imensas saudades acumuladas desde o início de Setembro. Começo do trabalho, uma adaptação gradual mas sem grande orientação. A maior parte das colegas a bem receber e uma ou duas nem por isso. Funções que não me realizam totalmente mas no geral interessante, a desenvolver ainda.
Até que... recebemos as visitas dos meus pais e TA_RAMM, pai acorda para vida desde que chega ao aeroporto Sá Carneiro, quando no dia anterior dizia que não era capaz de vir com medo do avião e do caminho até ao aeroporto! O Bruni tava de folga e foi buscá-los a Genebra enquanto eu trabalhava. Esperavam-me na rua às 18:30h os 4 e eu excitadíssima para sairr e vê-los. Que arrepio de emoção!... Foi um fim de semana espectacular desde mostrar-lhes a cidade, a nossa casa, falar sem parar, ver o meu pai melhor e "de volta" ao fim de tanto tempo...maravilha! Jantámos um belo empadão que eu preparei toda excitada no dia anterior. Foi ele a fazer as honras da casa e do país e a encher-me tanto de orgulho, foram olhos maravilhados com atitudes que jamais puderam ser apreciadas. Era isto sim! Os mimos ficaram em dia, a energia renovada e a despedida não muito dolorosa - já a pensar no reencontro do natal. A casa esvaziou-se de gente e o amor entre os principais habitantes a conquistar cada vez mais metros quadrados. Um conforto não excessivamente seguro, a intimidade a deixar-se descobrir com o passar do tempo com o período de experiência nos nossos 60m2 passado, o à-vontade que nunca tiveramos tido antes ocasião de saborear a nascer com a partilha de tudo... Não sou capaz de descrever melhor mas era disto que eu precisava e nem desconfiava que existia antes de nós.
Desde que embarcámos nesta aventura este foi o mês da aceitação em que deixei de lutar com a minha estadia aqui, de começar a aproveitar. Claro que o amor da família e o amor dele ajudaram muito, todos me incentivaram com palavras de "falta pouco" e "esta quase", com postais e mimalhices ternas que me alimentavam a alma.
Por isso este mês foi importante. Só a partir deste Novembro, uns 5meses depois de viver aqui, é que me senti "em casa". Andei todo o verão literalmente às turras com as paredes, esquinas e interruptores. Sabem quando se levantam de noite com tudo às escuras e se safam em silêncio (quantas vezes com os olhos semicerrados do sono) e às apalpadelas pela casa fora até no wc ou nas idas à cozinha?! Pois bem, só o consegui em Novembro.


E porquê que resgatei hoje um rascunho tão antigo?! Pois sinto cada vez mais e melhor que é este amor que queria e precisava. O amor que cuida dos meus como se fossem dele, que têm um prazer verdadeiro em receber e agradar, em ajudar em tudo. E desta vez, mais uma vez volvidos quase 18meses de Novembro de 2012, o meu homem foi o melhor dos anfitriões quando recebemos as visitas do meu pai e irmão há umas semanas atrás. "Quem meu filhos beijos minha boca adoça". É mais ou menos parecido, estou enamorada!

Mi Juin

Estamos a meio do mês de Junho. Com trabalho no sábado de manhã e ele boa parte do fim-de-semana, sem planos e com a lide doméstica à mistura foi inexplicavelmente pleno de serenidade, esperança e paz. Sinto-me bem, com grande capacidade de fazer e acreditar. Dormi muito e muito bem. A família esta bem e todos juntos mi esperando em breve. Tenho toda a casa limpa e cheirosa, não há roupa acumulada e o frigorífico e congelador estão abastecidos para não me stressar com o que vou cozinhar ou delegar. Até fiz um menu semanal. Amanhã quando sair do trabalho vou ter a um bar português para ver o jogo do mundial. Recebi muito boas novidades de uma amiga muito boa e muito corajosa. Que boa energia paira no ar. Vai agora uma fatia deliciosa do meu cheesecake de framboesa. Que bela soirée com o meu amor, sem querer tudo depressa sem saber esperar. Que calmaria sonhadora extraordinária!

:)

domingo, 8 de junho de 2014

Por falar em máquinas de roupa, acho que nunca vi tamanha pilha para passar a ferro nesta casa. Deixei acumular desde que vim de férias. Estou bem tramada, as nossas gavetas de roupa interior estão quase vazias!

weekend#1

A começar sábado às 6h para trabalhar de manhã, sempre com temperaturas de muitos graus. Soube bem usar um vestidinho, foi o primeiro dia de calor a sério do ano. Passear de tarde pela vila com o petit coeur. Sábado a acabar com um grelhado no jardim  da família dele, muito agradável pela fresquinha. Domingo delicioso com o garçon da casa a chegar às 7h30 da noite de trabalho, petit dejeuner especial com croissantes do demo e de novo para a cama recuperar energias. Acordei quando quis, fiz as minhas máquinas de roupa e a minha culinária. Almoço tardio depois dele estar em forma também e voltinha de mota. Gelado na maior zona verde da cidade e no final, ginásio. Para terminar um jantar de papas de aveia para mim, uma estreia que adorei. Passar a ferro e relaxar muito visto que amanhã não é dia de trabalho, muahahah! Viva o fim-de-semana prolongado da Pêntecote por aqui!

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Há que aproveitar as saudades e a vontade para fazer um "rapport" de vez em quando

Pois que agora olhando para trás os meses de inverno, sobretudo janeiro e fevereiro, foram longos. O Natal em família foi bom, com preocupação pelo estado de saúde frágil da titizézé e do pai mas feliz pois não pode ser de outra forma quando paira a paz de estarmos juntos e unidos e fortes juntos. As crianças estão enormes, tão riquinhas, tão crescidas que me deixam um grande aperto de coração ao chegar e ao partir, como se estivesse permanentemente susceptível a ser emociada com uma música, espéctaculo ou surpresa, sempre alerta a tentar não deixar escapar a minha emoção em forma de arrepios e/ou de olhos molhados! Tão doce ver que a avó está tão bem cuidada e serena no seu pequeno reino perdido mas sempre rodeada de todos aqueles que criou sozinha, tão bem e tão heroicamente.   Outra sensação foi a de deixar de novo o meu "petitcoeur" sozinho no Natal e ano novo, custou q.b mas também não vou mentir e dizer horrores. Preciso tratar de mim primeiro (como quem diz, ir a Portugal para o meu colinho tão desejado o ano todo), deixar-me curar de mimos, deixar-me ser "egoísta" com ele para poder aguentar esta jornada emigratória, recarregar baterias, matar saudades, cuidar de todos os que precisam de mim. É obrigatório, é a vida, é simplesmente assim e não se pode desejar algo diferente senão este equilíbrio de desejos, forças, esforços.
E assim se passou, com muito trabalho, expectativas de recuperação no tratamento oral de uma titi e na força de vontade de um papi. Na paciência da mami e na minha própria. De 2 a 10 de Março novas férias, listas disto e daquilo. A maior parte cumprida, levar (quase obrigar) a mãe e pai a ir a consultas de rotina e fazer exames, ver este e aquela, combinar cafés e jantares, cuidar da minha beleza, etc. Só no fim de Março o zé arrebita e a a zézé tem de atacar noutra frente. Tive surpresas maravilhosas nos meus anos, jantarinho romântico, postais, desenhos e mimos de Portugal. Anel de noivado nem vê-lo mas recebi a carteira dos meus sonhos. Diz que não me preocupe, já somos marido e mulher. E depois mais trabalho, rotinas, amor do bom, passeios e muitos planos a dois. E o mano que saiu de um trabalho, entrou noutro, acabou por parar em Zurich e ainda passou uns dias aqui por casa entretanto. Agora podemos ver-nos mais vezes se o plano de ser freelancer e vir cá todos os meses der certo. E mais férias em Maio, com o pai mais estável veio comigo uma semana aos Alpes. Foi muito maravilhoso, assim era menos duro, isso já eu imaginava. E o meu homem?! Já desconfiava mas cada vez mais confirmo que é possível. Existe alguém que fizesse e fosse tanto daquilo que eu desejava e nem sequer julgava haver. Aiai... Maio de reencontros, de alegrias e bling-bling! De orgulho na minha mãe, nas minhas tias e na minha prima. Do que a minha família nuclear constrói, faz e desfaz. Maio de alguns confrontos com a realidade que também fazem parte para desmistificar o meu mundo de bolha actirosel. O pai já regressou e depois de um fim de semana cool em Zurich juntos o mano também, ambos na melhor cidade de Portugal, que espera também um dia por mim. Os dias já são maiores e as noites mais pequeninas e isso ajuda sempre ao ânimo de levantar e seguir em frente. Em frente rumo a quê nem sempre saberemos. A Gilda dizia esta semana que o plano é não ter planos. É verdade mas ao mesmo tempo é tão mentira. Que ambiguidade! Só mesmo o Fernandinho para saber explicar isto! :)


terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Como o Fernandinho sabia o que eu sinto neste momento...




" (...) Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo (...)"