quarta-feira, 4 de junho de 2014

Há que aproveitar as saudades e a vontade para fazer um "rapport" de vez em quando

Pois que agora olhando para trás os meses de inverno, sobretudo janeiro e fevereiro, foram longos. O Natal em família foi bom, com preocupação pelo estado de saúde frágil da titizézé e do pai mas feliz pois não pode ser de outra forma quando paira a paz de estarmos juntos e unidos e fortes juntos. As crianças estão enormes, tão riquinhas, tão crescidas que me deixam um grande aperto de coração ao chegar e ao partir, como se estivesse permanentemente susceptível a ser emociada com uma música, espéctaculo ou surpresa, sempre alerta a tentar não deixar escapar a minha emoção em forma de arrepios e/ou de olhos molhados! Tão doce ver que a avó está tão bem cuidada e serena no seu pequeno reino perdido mas sempre rodeada de todos aqueles que criou sozinha, tão bem e tão heroicamente.   Outra sensação foi a de deixar de novo o meu "petitcoeur" sozinho no Natal e ano novo, custou q.b mas também não vou mentir e dizer horrores. Preciso tratar de mim primeiro (como quem diz, ir a Portugal para o meu colinho tão desejado o ano todo), deixar-me curar de mimos, deixar-me ser "egoísta" com ele para poder aguentar esta jornada emigratória, recarregar baterias, matar saudades, cuidar de todos os que precisam de mim. É obrigatório, é a vida, é simplesmente assim e não se pode desejar algo diferente senão este equilíbrio de desejos, forças, esforços.
E assim se passou, com muito trabalho, expectativas de recuperação no tratamento oral de uma titi e na força de vontade de um papi. Na paciência da mami e na minha própria. De 2 a 10 de Março novas férias, listas disto e daquilo. A maior parte cumprida, levar (quase obrigar) a mãe e pai a ir a consultas de rotina e fazer exames, ver este e aquela, combinar cafés e jantares, cuidar da minha beleza, etc. Só no fim de Março o zé arrebita e a a zézé tem de atacar noutra frente. Tive surpresas maravilhosas nos meus anos, jantarinho romântico, postais, desenhos e mimos de Portugal. Anel de noivado nem vê-lo mas recebi a carteira dos meus sonhos. Diz que não me preocupe, já somos marido e mulher. E depois mais trabalho, rotinas, amor do bom, passeios e muitos planos a dois. E o mano que saiu de um trabalho, entrou noutro, acabou por parar em Zurich e ainda passou uns dias aqui por casa entretanto. Agora podemos ver-nos mais vezes se o plano de ser freelancer e vir cá todos os meses der certo. E mais férias em Maio, com o pai mais estável veio comigo uma semana aos Alpes. Foi muito maravilhoso, assim era menos duro, isso já eu imaginava. E o meu homem?! Já desconfiava mas cada vez mais confirmo que é possível. Existe alguém que fizesse e fosse tanto daquilo que eu desejava e nem sequer julgava haver. Aiai... Maio de reencontros, de alegrias e bling-bling! De orgulho na minha mãe, nas minhas tias e na minha prima. Do que a minha família nuclear constrói, faz e desfaz. Maio de alguns confrontos com a realidade que também fazem parte para desmistificar o meu mundo de bolha actirosel. O pai já regressou e depois de um fim de semana cool em Zurich juntos o mano também, ambos na melhor cidade de Portugal, que espera também um dia por mim. Os dias já são maiores e as noites mais pequeninas e isso ajuda sempre ao ânimo de levantar e seguir em frente. Em frente rumo a quê nem sempre saberemos. A Gilda dizia esta semana que o plano é não ter planos. É verdade mas ao mesmo tempo é tão mentira. Que ambiguidade! Só mesmo o Fernandinho para saber explicar isto! :)


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