Momentos Actiroseis, segundo o autor, descrevia aquelas alturas "bolha" em que o meu mundo parava. Parava só para eu saborear melhor e registar na minha memória as cenas dignas de tal. Eu ficava então na minha bolha actirosel - "acti" porque parecia estar em pleno anúncio actimel e "rosel" porque eram alturas muito cor de rosa. Quando esses momentos acabaram vieram outros, mais hão de vir. "Me voilà" para mais destes momentos. E outros.
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Oh lalaa!
Novamente imensas semanas sem escrever. Tenho saudades. Preciso. Ontem foi dia de "abanão" em que não consegui gerir as minhas emoções e fechei-me no WC do meu pequeno T1 a lavar a alma. Chorei que me inundei com as lágrimas a escorrer-me pelo pescoço abaixo enquanto ele fazia o jantar. Quando me veio procurar nem sabia o que me fazer, acho que em quase 5anos nunca me tinha visto assim. Mas teve de ser. Hoje sinto-me melhor e mais optimista. O meu pai há-de ficar bom da sua depressão ou pelo menos controlado. Nada de desgastes psicológicos e preocupações antecipadas. Um dia não muito distante vamos regressar a casa ainda a tempo de ver crescer os meninos da família e a avozinha feliz por nos ver mesmo sem nos reconhecer. Vou tricotar com a minha mãe no sofá todos os serões, ouvir o meu irmão falar de coisas profissionais que não entendo, recuperar todos os cafés com as tias e a madrinha. Tirar umas tardes de compras, conversas e risotas. Manter os rituais familiares dos domingos. Acompanhar quem quer que seja a consultas ou a exames, sempre que for preciso. Vou cumprimentar como deve ser os outros homens da família fazendo-os compreender que gosto deles muito mais do que imaginam. Vou ser empreendedora e se os anjinhos me ajudarem, quem sabe, ter o meu próprio negócio não muito afastado daquilo que escolhi ser - enfermeira. Vou comprar uma casa com um pequeno espaço ao ar livre e adoptar um cachorro meigo e fiel. E um gato independente que ronrone no meu colo. Vou ter um bebé bem disposto, será certamente pelo menos um "Gui" - de Margarida ou Guilherme. Vou tricotar de novo com a minha mãe, que fará um enxoval mimoso e único. O meu pai vai contar a toda gente. Vou continuar a ser desafiada pela vida a dois com o meu rapaz, o meu coração nunca poderá compreender como nos sintonizamos tão maravilhosamente bem se somos completamente o oposto um do outro. Vou bater o pé e ceder outras vezes. E se preciso for, chorar. Mas vai ficar tudo bem.
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